segunda-feira, 19 de março de 2012

SIMPLES ASSIM


Plantar para colher
Comer para não sentir fome
Dormir para descansar
Dar passos para transpor distâncias
Estender a mão para ser tocado
Abraçar para ser abraçado
Amar para ser amado
Arrepender-se para ser perdoado
Orar para ser ouvido
Ter fé para ser atendido...
Simples assim.

quinta-feira, 15 de março de 2012

PACIÊNCIA DE DEUS

Mal despertei para a vida
e meu psique levou-me errante
a caminhos tortos.
Complexos levaram-me à vaidade,
inveja levou-me a insatisfações,
egoísmo levou-me a insensibilidades,
desajustes levaram-me a inconsequências.
Muitos estragos foram feitos,
corações machucados,
inclusive o meu.
Não fosse a paciência de DEUS
e, certamente, eu perder-me-ia
irreversivelmente na escuridão
do labirinto do mundo;
Não fosse a paciência de DEUS
e, certamente, eu já teria sido consumida
pela voracidade dos abismos humanos;
Não fosse a eterna paciência de DEUS
e, certamente, eu hoje não estaria
vivendo o privilégio de poder caminhar
na presença do PAI.

terça-feira, 13 de março de 2012

VIDA ETERNA

O vento toca meu rosto e sinto gosto de sorriso fácil,
consequente e prazeroso.
Não consigo manter a cadência dos passos,
preciso parar em contemplação do cenário da vida.
O olhar para o alto desenha em minha retina
a perspectiva do céu,
o olhar para baixo consolida a lembrança de sou pó
e o olhar à volta me faz pensar em DEUS
 – DEUS que contemplo,
na visão do meu semelhante.
A contemplação da vida, na certeza da eternidade,
torna o dia suave e as horas apenas detalhes de um todo
que é o tempo desprovido de poder.
Esse tempo que ensaia acuar-nos,
constranger-nos,  fragilizar-nos,
é aprisionado no eterno
e podemos então sorver cada segundo
desse milagre chamado vida.

sexta-feira, 9 de março de 2012

FERA


Acuada,
vendida,
vivendo a jaula
que lhe deram,
vai pisando em círculos
o seu sufoco.
Os olhos ainda brilham
o delírio de liberdade
e a possibilidade de ter
uma presa entre os dentes,
ainda é vista,
mesmo que distante.
A aparente calma doméstica
é aprendizado de agora,
que garantirá
no futuro de descuido
o salto onde caça
far-se-á caçador.