terça-feira, 13 de março de 2012

VIDA ETERNA

O vento toca meu rosto e sinto gosto de sorriso fácil,
consequente e prazeroso.
Não consigo manter a cadência dos passos,
preciso parar em contemplação do cenário da vida.
O olhar para o alto desenha em minha retina
a perspectiva do céu,
o olhar para baixo consolida a lembrança de sou pó
e o olhar à volta me faz pensar em DEUS
 – DEUS que contemplo,
na visão do meu semelhante.
A contemplação da vida, na certeza da eternidade,
torna o dia suave e as horas apenas detalhes de um todo
que é o tempo desprovido de poder.
Esse tempo que ensaia acuar-nos,
constranger-nos,  fragilizar-nos,
é aprisionado no eterno
e podemos então sorver cada segundo
desse milagre chamado vida.

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