Paro...
Olho dentro de mim
e não me entendo!
Caminhar
é às vezes algo trágico,
como o corpo do trapezista
que cai em direção a uma
rede
nunca colocada.
Sinto frio...
Está frio e busco um calor
que não está no sol.
Já nem sei o que busco.
Não
sei chegar ao fim da estrada
e não
sei ficar à beira do caminho.
O vento toca-me o rosto
e o torna frio.
Congelo-me no tempo,
perco-me em um labirinto.
Paro...
Olho
dentro de mim e não me entendo,
busco-me e não me acho.