sexta-feira, 12 de outubro de 2012

LABIRINTO


Paro...
Olho dentro de mim
e não me entendo!
Caminhar é às vezes algo trágico,
como o corpo do trapezista
que cai em direção a uma rede
nunca colocada.
Sinto frio...
Está frio e busco um calor
que não está no sol.
Já nem sei o que busco.
Não sei chegar ao fim da estrada
e não sei ficar à beira do caminho.
O vento toca-me o rosto
e o torna frio.
Congelo-me no tempo,
perco-me em um labirinto.
Paro...
Olho dentro de mim e não me entendo,
busco-me e não me acho.

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